domingo, 11 de janeiro de 2015

OS MAGOS DO ORIENTE

A MENTIRA CONTADA MUITAS VEZES, COMEÇA A SER ACEITA COMO "VERDADE".
Todos os anos é a mesma coisa: no presépio temos a figura de Maria, José, Jesus, os pastores e ... três "reis magos", sendo um normalmente retratado como negro. Até seus nomes foram "revelados": Belchior, Baltazar e Gaspar.
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, vieram uns magos do Oriente à Jerusalém, e perguntavam: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo” (Mt.2:1-2).
(Na ilustração, vemos alguns dos magos, dos quais Daniel era o grande chefe, falando com o Rei Dario).
A palavra “magoi”, traduzida como “magos” sugere que eles pertenciam à casta sagrada dos Medos, sendo sacerdotes da Pérsia. A religião praticada por eles provavelmente era o Zoroastrismo, que proibia a feitiçaria; seu encontro com Jesus se deveu à sua astrologia e habilidade de interpretar sonhos.
Naquela época não havia distinção entre astronomia e astrologia. Todos os que se ocupavam a estudar os fenômenos celestes eram astrólogos. Portanto, a astrologia era considerada uma ciência. A aparição de um novo astro nos céus indicava que algo extraordinário estava por acontecer.
Teria sido a Estrela de Belém um milagre, tal qual a coluna de fogo que permaneceu no arraial durante o Êxodo dos hebreus (Êx.13:21)? Ou como o resplendor de Deus que brilhou em torno dos pastores no campo (Lc.2:9), ou ainda como a luz proveniente do céu que apareceu a Saulo de Tarsos no caminho de Damasco (At.9:3)?
Tenha sido um fenômeno natural ou sobrenatural, o que importa que os magos se deixaram guiar por ele, e isso os levou até Jerusalém. Provavelmente, eles imaginaram que o novo rei teria nascido em Jerusalém. Que outro lugar haveria para que um monarca judeu nascesse do que na cidade dos reis?
Eles também achavam que todos estavam a par da boa notícia. Mas se equivocaram. Ninguém na cidade sabia que algo extraordinário havia acontecido. “Quando o rei Herodes ouviu isto, alarmou-se e com ele toda Jerusalém” (Mt.2:3). A voz dos magos ecoou pelas ruas e mercados da cidade santa. Mas em vez de alegrar-se com a notícia, todos se alarmaram.
(Ilustração que mostra o provável rosto de Herodes).
Logo agora que todos já haviam se acostumado à idéia de terem Herodes, um edomita, como rei, a aparição de um novo rei subverteria a ordem, o Status Quo. E vale dizer que conquistar a simpatia dos judeus custou muito caro a Herodes. Entre os empreendimentos que visava conquistar a admiração dos judeus, estava a restauração do templo, tornando-o ainda mais suntuoso do que nos tempos áureos.
Herodes, agora, se sentia ameaçado. Ele sabia que não tinha o direito de sentar-se naquele trono. Ele não pertencia à linhagem de Davi. Sequer era judeu. Por isso, convocou “todos os principais sacerdotes, e os escribas do povo”, e “perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo”(v.4).
Para a surpresa deles, o Messias anunciado pela estrela não fora encontrado nos palácios de Jerusalém, mas em uma modesta casa em Belém.
“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe e, prostrando-se, o adoraram. Então, abrindo os seus tesouros, lhe apresentaram suas dádivas: ouro, incenso e mirra”.
Para saber a necessidade de se presentear o Messias com o mais precioso metal, precisamos avançar no texto:
“E, tendo sido por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho à sua terra. Tendo eles partido, o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito. Fica-te lá até que eu te avise, pois Herodes há de procurar o menino para o matar. Levantando-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe, e foi para o Egito. Ali ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta: Do Egito chamei o meu Filho. Então Herodes, vendo-se iludido pelos magos, irritou-se muito e mandou matar a todos os meninos de Belém, e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, segundo o tempo em que diligentemente inquirira dos magos” (vv.12-16). 

(Provável modo de embalar o ouro, o incenso e a mirra, dados como presentes para Jesus).
José era carpinteiro, e provavelmente tinha uma clientela em sua cidade. Deixá-la repentinamente para ir para um país estranho provavelmente seria dispendioso. Até que ele se firmasse profissionalmente no Egito, como ele poderia prover o sustento de sua família? Foi por isso, que Deus proveu todo aquele ouro através das mãos generosas dos magos.
Nosso Deus é um Deus de provisão e não de improvisos. Ele conhece o coração dos homens, e sabe o que nos espera lá na frente. Antes que nos aconteça qualquer coisa, Ele sempre nos envia os proventos necessários.(http://www.hermesfernandes.com/2009/12/nem-tres-nem-reis-verdadeira-historia.html)
Os presentes dos magos:

Ouro  – Sempre foi um ativo valioso e um símbolo de riqueza. O ouro foi muitas vezes dado como um presente aos reis, assim dando para Jesus ouro, os sábios podem estavam  reconhecendo sua realeza. Além disso, sabemos que José e Maria eram bastante pobres e por isso o ouro teria pago suas despesas por um tempo.
Olíbano – Incenso tem sido muito valorizado por suas qualidades medicinais. ” Ao mesmo tempo incenso era uma das substâncias mais valiosas do mundo antigo. Foi muito valorizado, quase tanto como o ouro. ” Olíbano era frequentemente usado como incenso e seria queimado nos templos. Talvez os magos dessem incenso a Jesus como um ato de reconhecimento de sua Divindade.
Mirra – Mirra, como incenso, também contém propriedades medicinais. Em cima disso, ele foi muitas vezes utilizado como um agente de embalsamamento para retardar a deterioração e reduzir o odor.
Diferentemente do que é mostrado em nossos dias, só os pastores de Belém viram Jesus na manjedoura. Quando os magos foram visitar a Jesus, o encontraram junto com seu pai e sua mãe, em uma casa. 
Portanto, o presépio que costumamos visualizar no Natal, não poderia jamais ter a presença dos magos do oriente.